Consumo de loló por crianças e adolescentes assistidos em um CAPS AD IJ na Paraíba

Abstract

A adolescência é uma fase caracterizada por diversas mudanças e experiências, físicas, psíquicas, sociais, sexuais e/ou emocionais. Nesta fase, o adolescente está propenso a envolver-se com drogas, sendo uma das mais comuns e de fácil acesso os inalantes, mais especificamente, o “loló”. Considera-se que o uso de inalantes, assim como o álcool é “porta de entrada” para esses jovens utilizarem drogas psicoativas mais nocivas ao organismo, como o crack. Deste modo, objetivou-se analisar o consumo de loló por crianças e adolescentes assistidos em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool Drogas Infanto Juvenil (CAPS AD IJ) no Estado da Paraíba. A pesquisa quantitativa descritiva realizada por meio documental foi realizada no CAPS AD IJ da Paraíba com 23 assistidos pelo referido equipamento de saúde no período de janeiro a dezembro de 2018. Como meio de coleta de dados foi desenvolvido pelas pesquisadoras um formulário para facilitar a anotação das informações (sexo, idade, grau de escolaridade e anotações relativas ao consumo de drogas) contidas nos prontuários. No período da pesquisa analisou-se 23 assistidos que haviam recebido alta médica, porém somente 8 se enquadram na pesquisa por consumirem loló. Dos 8 assistidos, 4 do sexo masculino e 4 do feminino. A faixa etária mais predominante dos assistidos foi de 17 anos, porém a idade em que estes iniciaram o consumo de loló foram 25% dos assistidos aos 15 anos. O tempo de uso de loló foi de 1 ano por 50% dos adolescentes. Quanto ao uso de outras drogas em concomitância ao loló, a maconha apresentou 87,5% de uso por crianças e adolescentes. Quanto aos parentes ou amigos que usam drogas, 62,5% utilizam a maconha. Conclui-se que o consumo de drogas por crianças e adolescentes independe do sexo e a predisposição pode está diretamente relacionada a fatores que predispõem ao uso como consumo de drogas por parentes e amigos próximos. Sugerem-se ações educativas em saúde efetivas para influenciar a não aceitação de drogas psicoativas por crianças e adolescentes e campanhas de valorização de hábitos saudáveis para sociedade.