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O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é um elemento efetivo de trabalho em saúde com suas
atribuições desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do Sistema Único de Saúde
(SUS), atuando como uma extensão dos serviços de saúde dentro das comunidades. As
inadequações das condições de trabalho do ACS apresentam riscos ocupacionais que
influenciam negativamente na saúde física e psíquica desse trabalhador, na vulnerabilidade
aos acidentes de trabalho e afastamento por motivo de saúde. O objetivo desse trabalho foi
analisar os riscos ocupacionais dos ACS de uma Unidade Básica de Saúde da Família de
Campina Grande-PB e sua sintomatologia dolorosa musculoesquelética. A amostra foi
composta por doze ACS. Foram excluídos os indivíduos que estavam em período de férias,
durante o período da coleta de dados, restando apenas dez ACS, com uma predominância do
sexo feminino (70%). Foram identificados fatores de riscos mais evidentes, como a exposição
solar (80%), gases nocivos, fumos e vapores (60%), presença de esgotos e lixos abertos
(50%), desgaste físico e psíquico (90%), contato com doenças contagiosas (50%) e obstáculos
até as casas visitadas (40%). As queixas álgicas mais frequentes localizam-se na região do
pescoço, punho/mão e região lombar, sendo caracterizadas como dores crônicas com
exacerbação aguda de nível doloroso moderado a intenso. Conclui-se que as condições de
trabalho que os ACS se encontram possuem uma dimensão insalubre, limitando a realização
de movimentos, refletindo na sobrecarga física e psíquica, podendo levar ao adoecimento e ao
absenteísmo do trabalho. Destaca-se a importância da realização de outros estudos com uma
população maior para que se possa conhecer, em profundidade, as condições de saúde destes
profissionais e elaborar medidas de segurança à saúde a estes trabalhadores. |
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