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A presença de linhagens de cianobactérias produtoras de cianotoxinas tem efeitos
negativos nos corpos hídricos em particular nos destinados ao abastecimento público
devido ao efeito nocivo dessas substâncias à saúde humana e de animais, pois produzem
substâncias tóxicas solúveis em água. Em geral as cianotoxinas não são removidas pelas
tecnologias convencionais de potabilização de água. O objetivo desse estudo foi
constatar a viabilidade do uso do filtro de barro seguido de um processo oxidativo
avançado na remoção de cianobactérias e cianotoxinas, observando o uso sustentável de
baixo custo no tratamento caseiro como uma solução para populações que não têm
acesso a água tratada. A pesquisa foi realizada em três etapas: coleta da água do açude
Saulo Maia (município de Areia), preparação da água de estudo (AE) e aplicação do
efluente no reator fotocatalítco com o processo oxidativo avançado (UV/H2O2). Foram
realizados seis ensaios, para cada efluente dos filtros domésticos, com diferentes
dosagens de H2O2 (5, 25, 50, 100, 500, 1000 Mm) e tempos de detenção de 1; 2,5; 5;
15; 30; 45 e 60 minutos. Os resultados mostraram que a filtração utilizando o filtro de
cerâmica foi eficiente para remoção de cor (100%) e turbidez (99%). Não foi eficaz a
remoção de MC-LR nos filtros domésticos deixando um residual de 1,7 µg.L^-1,
necessitando assim, de um processo completar para oxidação do poluente. Aplicando no
reator o processo oxidativo avançado com a utilização de fotólise homogênea (H2O2
/UV). A melhor dosagem encontrada para a degradação de MC-LR, foi a de 1000 mM
de H2O2 e tempo de oxidação de 60 minutos. Obtendo concentração de MC-LR de (de
0,6 µg.L^-1) e total ausência de células de M. aeruginosa a partir do tempo de 5 minutos
para as dosagens de 25 a 1000 mM. Pode-se observar que os principais parâmetros
preconizados pela Portaria de Consolidação 05/2017 do Ministério da Saúde, estão em
conformidade para potabilização da água de abastecimento público. O sistema
operacional proposto, com filtração utilizando filtro doméstico de cerâmica seguido de
aplicação do POA, em reator fotocatalítico aliado à UV/H2O2 se mostrou um tratamento
eficiente para remoção de M.aeruginosa e microcistina-LR sendo eficaz para a
potabilização e remediação de ambientes eutrofizados. |
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