Resumo:
Nas obras de Charles Dickens é recorrente o uso de personagens marginalizados, de classes sociais baixas, utilizados como maneira de retratar a realidade do período vitoriano e as consequências que a Revolução Industrial na Inglaterra trouxe para muitas pessoas que saíram dos campos e passaram a se amontoar em moradias pequenas e insalubres, nos grandes centros urbanos, em busca de emprego e melhores condições de vida. É nesse viés que iremos abordar como Dickens emprega em seu Buildungsroman (romance de formação), Grandes Esperanças (1861): o contexto social da época, através da criação de seus personagens, buscando explorar questões de como a sociedade vitoriana era vista aos seus olhos. Para este estudo, abordaremos questões acerca do realismo vitoriano com o intuito de trazer para o leitor uma visão crítica de questões sociais daquela época e como essas foram empregadas a partir do realismo. Abordamos também os temas mais recorrentes dentro do romance: a pobreza, o trabalho infantil e o preconceito instaurado no personagem Pip acerca do julgamento da burguesia. Concordamos que Grandes Esperanças gira em torno da temática do capital, para mostrar como a Revolução Industrial afetou ainda mais o desejo da burguesia de dominação sobre a classe operária, e assim mostraremos como o dinheiro definia como o ser deveria ser tratado perante a sociedade, de acordo com a quantidade de bens que este possuísse. Como embasamento teórico, utilizamos os estudos de Daniel Puglia (2006); Deirdre David (2000); Hugh Walker (1921) e Viviane Cárdenas (2005).
Descrição:
XAVIER, G. A. Uma leitura das problemáticas sociais no romance Grandes Esperanças, de Charles Dickens. 2021. 24f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2021.