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Trabalhar a língua materna na perspectiva do socioconstrutivismo é primordial na
nossa sociedade, e isso implica considerarmos que a subjetividade de cada aluno
pode e deve ser o ponto de partida para o ensino. Dessa forma, é necessário
pensarmos em práticas escolares interativas que valorizem a natureza social e
interacional dos discentes, visto que a construção do conhecimento não se dá de
forma individual, mas sim a partir das relações entre os sujeitos, tendo o professor
como mediador desse processo. Sendo assim, as quatro habilidades comunicativas
(ler, ouvir, falar, escrever) discutidas por Antunes (2003) e Ferrarezi Jr. (2014), são
os meios principais para a inserção em tais práticas. Nesse sentido, o presente
trabalho tem como objetivo principal discutir sobre o desenvolvimento,
especialmente, da oralidade na sala de aula, enfatizando a importância da
linguagem oral e do uso que fazemos dela em situações reais de fala. Como
objetivos específicos, nos propomos a i) refletir sobre as concepções de ensino, ii)
destacar as habilidades comunicativas e iii) enfatizar a importância da construção de
espaços de diálogos nas aulas de língua materna. Para tanto, iremos discorrer sobre
a necessidade e urgência de se propiciar a participação ativa do aluno no processo
de aprendizagem, para que por meio das habilidades da comunicação ele seja um
ser mais participativo, crítico e consciente da importância da fala nas mais diversas
situações da vida social. Sendo assim, para fundamentação teórica desta pesquisa,
foram feitas revisões bibliográficas com bases nos seguintes autores: Ferrarezi Jr.
(2014), Carvalho e Ferrarezi Jr. (2018), Freire (1996), Penin (2001), Oliveira (2010),
Antunes (2003; 2009), Marcuschi (1997; 2005), dentre outros. Por se tratar de uma
pesquisa de abordagem qualitativa, além de refletirmos sobre a temática exposta e
sua relevância para o ensino de língua, iremos apresentar na seção metodológica
uma proposta de atividade, organizada em três etapas que podem ser aplicadas
com turmas do ensino fundamental. Tal intervenção tem como base o gênero relato
autobiográfico e visa apresentar, de forma prática, como a fala pode ser, de fato, um
recurso indispensável para ser abordado/desenvolvido em sala de aula. |
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