dc.description.abstract |
O presente trabalho tem como objetivo analisar o desenvolvimento da indústria em Campina Grande partindo da premissa que lideranças políticas e a elite empresarial campinense tentavam adequar a cidade como uma referência da sociedade moderna que se propagava no Brasil. Neste momento de início do século XX, percebemos mudanças estruturais na cidade, onde muitos símbolos do moderno foram se instalando, a exemplo de novas indústrias, a criação de distritos industriais, bem como a instalação de escolas técnicas dentre outras instituições que, na perspectiva das classes dirigentes, seriam aparatos fundamentais para a projeção da cidade enquanto pólo industrial modelo na região Nordeste. Assim, a partir de algumas das matérias publicadas nas páginas da Revista do Fisco (periódico dos auditores fiscais da Paraíba), analisamos como se deu a construção de estratégias e discursos que buscaram fomentar uma nova experiência industrial no município campinense, entre 1960- 1979, industrialização esta que se impôs baseada na ideia de modernização, desenvolvimento e progresso. Para isto, utilizamos Koselleck (2006) e Habermas (2000) para discutir o conceito de modernidade, e Rago (1985) para pensar as transformações na organização do espaço das fábricas propagado no período analisado. |
pt_BR |