Resumo:
O uso de plantas com finalidades medicinais remonta às origens da humanidade. Os saberes
sobre estas atravessaram milênios, transformando-se no que hoje chamamos de medicina
tradicional. Estes conhecimentos sobre o como fazer e utilizar estas espécies vegetais na
terapêutica, ao longo do tempo foram perdendo espaço para a indústria de medicamentos,
sendo mantidos através da oralidade dos povos, em especial, seus idosos. O presente trabalho
objetivou verificar o conhecimento de idosos que frequentam a Unidade Básica de Saúde –
Plínio Lemos, no município de Campina Grande, e fazem uso de plantas medicinais para fins
medicinais com ênfase em problemas acarretados pela hipertensão. Quanto aos procedimentos
metodológicos tratou-se de um estudo etnobotânico no qual foi utilizado o método descritivo analítico, que permitiu o registro dos saberes e efeitos das plantas medicinais locais utilizadas.
A coleta de dados foi realizada através de entrevistas com aplicação de um questionário
semiestruturado. Observou-se que 100% da população estudada faz uso de plantas, sendo
23,3% são do gênero masculino e 76,7% do gênero feminino, tais plantas são utilizadas na
forma de chá (infusão 99%; decocção 1%) na maioria das vezes com folhas 90,0%. As plantas
medicinais citadas foram distribuídas em 09 espécies vegetais, a que obteve maior número de
citação foi a Matricaria chamomilla, popularmente conhecida como camomila. Esse estudo
possibilitou a manutenção dos conhecimentos tradicionais sobre a utilização de plantas
medicinais bem como a conservação dessa prática nos dias de hoje.
Descrição:
CALIXTO, M. G. O uso de plantas medicinais por pacientes hipertensos em uma unidade básica de saúde da família de Campina Grande - PB. 2019. 21f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.