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O processo de inclusão vem sendo um tema bastante debatido socialmente, pelo fato de termos a necessidade de ressignificar as práticas no âmbito escolar, os pensamentos e atos segregatórios. Desse modo, entende-se que o espaço educacional necessita de uma mudança significativa, para que, finalmente, essa inclusão aconteça de forma efetiva. É evidente a necessidade da sociedade se “despir” dos preconceitos enraizados, e a escola precisa validar essa luta, de modo que promova práticas inovadoras para garantia dos direitos de cada sujeito, respeitando suas particularidades. Nesse sentido, o ensino da Língua Brasileira de Sinais nas instituições de ensino superior é relativamente atual, mas essa não é ainda a realidade na educação básica. Sendo assim, acreditamos que a inserção da Libras como componente curricular na base poderá promover o conhecimento da língua e da cultura da comunidade Surda, possibilitando que cada indivíduo reflita sobre suas ações no que se refere à inclusão, não só da pessoa Surda, mas de todos os sujeitos. Considerando então este cenário, o presente trabalho objetiva em linhas gerais, apresentar e discutir os resultados da intervenção desenvolvida com crianças do fundamental I de uma escola municipal do interior da Paraíba. Sob esse viés, desenvolvemos na instituição um projeto intitulado Libras na escola, o qual teve como intuito gerar a possibilidade de proporcionar o conhecimento de uma nova língua na educação básica, visando o respeito às particularidades de cada indivíduo, enfatizando a importância da inclusão escolar. Além disso, nosso intuito era também levá-las a identificar e selecionar os sinais para uma possível comunicação/interação. A presente pesquisa é, pois, de abordagem qualitativa e se classifica como pesquisa-ação, visto que, esta contribui de forma significativa com a ação social. Como pressupostos teóricos, recorremos aos seguintes autores: Mantoan (2003), Strobel (2008; 2009), Reily (2004), Quadros (2019) entre outros que contribuíram para a construção discursiva do trabalho. Concluímos que é possível o docente ser um agente social que ao intervir, ressignificar e transformar a sala de aula - mesmo com as limitações que o sistema emprega- em um palco de diversas discussões pertinentes e necessárias que promovem ao aluno uma visão mais ampla e empática do seu papel no mundo, tornando-o um aluno-cidadão consciente de suas ações. |
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