Resumo:
O presente trabalho trata da representação do feminino negro na obra literária Anastácia, de Jarid Arraes, da coleção “Heroínas Negras do Brasil”. Tem o objetivo de analisar os aspectos de luta e resistência veiculados neste cordel biográfico. A importância de uma literatura brasileira que fale sobre a história do povo negro enquanto seus traços étnicos no processo de construção da nossa sociedade estão posta desde o século XVII, embora só ganhe presença significativa a partir do século XIX. Considerando o contexto socioeconômico e cultural do período escravocrata brasileiro, no qual viveu a mulher negra, podemos dizer que a representação da Anastácia pontua, em torno de si, a simbologia da resistência. Atrelada à valorização
dos aspectos positivos do negro, sua luta e resistência, a escritora negra acaba de pautar aos leitores contemporâneos, como motivo literário, por meio de dados históricos veiculados, uma mensagem de crítica à escravidão, ao racismo, ao machismo. Fundamentam esta leitura os estudos de Araújo (2019), Gomes (2017),
Mattos (2016), Ribeiro (2019) dentre outros.
Descrição:
BARBOSA, D. S. O feminino negro pelo canto do cordel "Anastácia". 2021. 32f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2021.