Resumo:
Este estudo tem como objetivo fazer uma analise sobre como a literatura, por meio da empatia e da catarse, reflete todo o sofrimento psíquico humano. Trata-se da exploração do romance “A redoma de vidro” (2019) da escritora americana Sylvia Plath sob a luz dos estudos psicanalistas visando compreender de que maneira o drama experienciado pela protagonista da narrativa, Esther, reflete o sofrimento humano diante da depressão e suicídio. O interesse por esta categoria analítica se deve ao desejo de examinar a maneira como a depressão e os dramas da psique são tratados na obra por meio dos relatos da protagonista fazendo, assim, uma ponte entre a história e a doença na atualidade, a qual já desponta como um dos mais graves problemas de saúde pública em todo o mundo. O método de pesquisa elencado foi o bibliográfico para o qual foram utilizados os contributos teórico-metodológicos de autores como: Carvalho (2003); Freud (1980); Saska (2016); Solomon (2018); Schopenhauer (2001), dentre outros estudiosos cujas obras abordam conceitos e particularidades pertinentes à condução desta análise literária. Constatou-se que a obra dialoga com a vida pessoal da autora que sofrera de depressão e acabara por suicidar-se ainda na juventude. Ainda, observa-se que há uma forte relação entre “A redoma de vidro” e a psicanálise tendo em vista que o drama explicitado na narrativa traz à tona a discussão em torno do sofrimento decorrente das desordens mentais, sobretudo da depressão e da forma como a piora do quadro pode prejudicar a qualidade de vida do paciente levando-o, por vezes, a cometer suicídio.
Descrição:
SILVA, L. L. da. Melancolia, depressão e suicídio na obra: "A redoma de vidro" de Sylvia Plath: uma leitura psicanalítica. 2021. 39f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras Português) - Universidade Estadual da Paraíba, Catolé do Rocha, 2021.