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A questão dos “sentidos na vida” é um tema que retorna às discussões na ética contemporânea, mas é preciso ressaltar que não se trata especificamente da questão primordial sobre “qual o sentido da vida?”. A pergunta pelos sentidos na vida está relacionada aos atos cotidianos que tornam a vida de uma pessoa expressiva. A esse respeito, a filósofa estadunidense Susan Wolf defende um tipo específico de ações, aquelas pautadas no amor, como constituintes capitais de uma vida significativa. Trata-se de uma teoria relevante, embasada em bons argumentos, mas que apresenta algumas dificuldades tanto em relação a algumas definições como, por exemplo, a definição específica do que é um ato por amor, como em limitar os sentidos na vida apenas a esse tipo de ações. Diante disso, apesar de concordar que as ações motivadas por amor designam sentidos na vida, tem-se fortes evidências que outros tipos de ações, como as virtuosas, podem tornar uma vida significativa. Portanto, este trabalho parte de uma exposição e análise da teoria de Wolf, seguida da apresentação sobre como podemos pensar o conceito de amor e objetiva fazer uma investigação sobre a possibilidade de que as ações virtuosas também engendram sentidos na vida, tomando como base a ética das virtudes de Aristóteles. |
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