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Introdução: a paralisia cerebral (PC), é uma doença com sintomas neurológicos decorrentes de lesões do encéfalo, que levam a um conjunto de desordens posturais e de movimento, que podem vir acompanhada de outras alterações cognitivas e sensoriais. Diversas abordagens terapêuticas vêm sendo utilizadas para reabilitação de crianças com PC, entretanto tem-se discutido a falta da participação integral da criança na reabilitação. Neste sentido, a realidade virtual (RV) tem sido amplamente explorada como estratégia terapêutica para pacientes com PC, por seu potencial interativo e motivador. Objetivo: realizar um levantamento na literatura sobre os efeitos da RV na recuperação da marcha, equilíbrio, cognição, função de membros superiores (MMSS), e sobre a participação e atividade de crianças com PC. Método: trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com os seguintes descritores: “Cerebral Palsy”, “Virtual reality” e “rehabilitation”, utilizando as bases PubMed, Cochrene, PEDro e BVS. Foram incluídos apenas ensaios clínicos randomizados e controlados, sem restrição de idioma e tempo. Foram excluídos os artigos que associaram a RV a outros métodos de reabilitação; trabalhos que abarcavam o uso da RV a outras patologias não associadas à PC. Resultados: foram incluídos 14 estudos com um total de 426 indivíduos com paralisia cerebral. Os resultados mostraram melhora significativa nos grupos experimentais na marcha, função motora grossa, equilíbrio, função do membro superior e nas atividades de vida diária. Conclusão: conclui-se que a RV é um excelente meio de reabilitação para associar as terapias comuns, já que contribui para a participação integral do paciente e traz relevantes repercussões neurológicas. Ademais, tornam-se necessários futuros estudos com uma padronização no que concerne à qualidade metodológica, a fim de evidenciar essas melhorias de forma mais concreta. |
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