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As religiões afro-brasileiras devem ser inseridas nos currículos oficiais de ensino desde 2003 por força da Lei n º10.639/03 como parte de um conjunto de tradições e valores civilizatórios de origem africana, de grande valor para a compreensão da formação social, cultural e identitária do Brasil, um país multirracial, pluriétnico, pluricultural e multirreligioso. Todavia, convivem com o silêncio pedagógico em consonância com a reprodução e certificação dos valores hegemônicos da sociedade e das práticas sociais, afloradas no espaço escolar. Nesse ínterim, a finalidade desta pesquisa é refletir sobre a contação de história como possibilidade de ensino das religiões afro-brasileiras na Educação Infantil, de modo a identificar práticas de superação e enfrentamento à intolerâncias, preconceitos, medos, crenças, representações, estereótipos e discriminações acerca dessas religiões no espaço escolar. Este estudo é de caráter qualitativo, com suporte em revisão bibliográfica, dedicando-se ao levantamento e analises de estudos referentes à temática das religiões afro-brasileiras na educação, dentre os quais se destacam a Lei nº 10.639/03 (BRASIL/MEC, 2003), Prandi (2001), Gomes Junior (2014), Silva (2007) e Tristão (2018). A inserção de conteúdos que desenvolvam debates e o reconhecimento do caráter pluricultural e multirreligioso no espaço escolar, sobretudo na Educação Infantil, significa a ruptura de paradigmas hegemônicos e proselitistas recorrentes no espaço escolar; a promoção de valores éticos, morais e civilizatórios, e, especialmente, representa a garantia do direito a uma educação democrática, tolerante que visibilize, promova e respeite as diferenças constituintes da sociedade brasileira. |
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