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Debruçar-se sobre a teoria miltoniana é um exercício analítico que permite ir além de uma abordagem restrita construída em torno de um conjunto de ideias indexado a uma realidade socioespacial específica. Revisitar o pensamento de Milton Santos é, por um lado, reconhecer o quão este permanece atual no âmbito da contextualização geográfica dos fenômenos e, por outro, o quão colaborativo tende a ser na construção das novas explicações teórico-conceituais e metodológicas que vão fomentar os novos momentos no movimento do pensamento geográfico. Concordando com esse entendimento, o objetivo que norteia a realização deste trabalho procura dá conta de compreender a evolução teórico-metodológica do conceito de espaço geográfico no pensamento de Milton Santos e as suas contribuições para a Geografia brasileira. Dessa forma, a pesquisa, que é de natureza teórica, construída em torno da análise de obras deste autor de renome na Geografia brasileira, as quais consideramos cruciais no âmbito da temática evidenciada, são elas: Por Uma Geografia Nova (1978), Espaço e Método (1985), Metamorfoses do Espaço Habitado (1988) e A Natureza do Espaço (1996). A escolha destas obras se deu pela possibilidade de, através delas, analisar a proposta conceitual de espaço geográfico elaborada por Milton Santos, bem como a trajetória evolutiva deste conceito no pensamento do autor mediante os rumos da sociedade capitalista, de sua espacialidade e de sua reflexão geográfica. As discussões presentes no escrito surgem, portanto, sob o pressuposto basilar de buscar, ainda que de forma modesta, oxigenar o debate teórico-conceitual e metodológico na Geografia, o que julgamos importante face a constatação de que a teoria, embora produto subjugado à realidade empírica, é fundamento inicial para compreender esta mesma realidade. |
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