Resumo:
Tem como objetivo a análise do ponto de vista arquivístico na documentação existente nos
cemitérios da cidade de João Pessoa. Partimos da premissa de que existe um estigma negativo
relacionados a estudos científicos que abordem arquivos cemiteriais. Tem lugar para nós, é
um olhar que contempla a morte que permanece na memória social, neutra, abstrata, separada
dos corpos nos rituais do morrer e do enterrar os mortos. No entanto, caminha num viés
arquivístico através dos livros de sepultamentos em suas funções administrativas nos arquivos
cemiteriais. Enquanto lugar de memória social, tais condições influenciam a sobrevivência
dos documentos, seja ele por ter um análise histórica ou para atender a necessidade do seu
produtor ao usuário, num cenário invisível e nem sempre questionado pelos arquivos cativos
como fonte de conhecimento de identidade social neutra de informação. O estudo apresenta
na cidades dos mortos, diversas perspectivas de análise para a função do arquivista sobre os
crivos seletivos que determinam o descarte e a invisibilidade na memória de determinados
grupos sociais para uso futuro na sociedade do esquecimento.
Descrição:
ARAÚJO, R. da S. Tem lugar para nós: um retrato da covas rotativas nos cemitérios de João Pessoa na busca pela informação do outro lado do arquivo. 2019. 46f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Arquivologia) - Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2019.