Resumo:
Esse trabalho tem como objetivo analisar como as vidas de meninos e meninas foram violentamente afetadas durante o Regime Civil-Militar entre 1968-1974, refletindo sobre como se deram as apropriações dos corpos infantis pelo Estado. A complexidade desse período sombrio da história brasileira, que teve como principais armas de dominação a perseguição e a censura à muitos grupos sociais, não atingiu apenas as pessoas que lutavam contra a ditadura. As crianças também foram atingidas de maneira vil e, algumas delas, tiveram suas vidas ceifadas ou mutiladas através de diversos tipos de práticas ilegais, mas usuais pelo então governo: prisão, tortura, desterro, estupro, aborto e mortes eram colocados à época, tendo em vista uma lista de violências tão longa quanto chocante. Portanto, este trabalho também cumpre o seu papel no campo historiográfico, ao pesquisar sobre um passado doloroso e vergonhoso da história do Brasil. Metodologicamente, fizemos cruzamento de diversas fontes historiográficas (impressas e digitais). O presente artigo utiliza como aporte teórico-metodológico: Pesavento (2003) que pensa as sensibilidades enquanto método de investigação da história, debruçando sobre outros objetos de estudo, temas e fontes, Todorov (2000) e Pierre Nora (1981) que dialogam sobre a importância da memória e ao dever dessa memória social, compreendendo que a sociedade necessita do resgate desta para ancorar as lembranças, além de outras fontes historiográficas como: Elio Gaspari (2002) e Marcos Napolitano (2015).
Descrição:
BARBOSA, L. S. Matando borboletas: crianças atingidas pelo Regime Civil-Militar no Brasil (1968-1974). 2021. 32 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2021.