Racismo e educação: uma análise da obra infantil Minha mãe é negra sim!, de Patrícia Santana

Abstract

Este trabalho busca discutir como o racismo se consolidou na estrutura educacional brasileira e verificar quais as suas heranças comportamentais na Educação Infantil, a partir da análise geral da obra Minha mãe é Negra sim! de Patrícia Santana, e, de forma específica, da observação comportamental de dois personagens: a professora e o aluno Eno. Assim, visamos compreender, através de uma pesquisa bibliográfica, como o racismo está presente dentro e fora da sala de aula, observando, por meio dos seres ficcionais, atitudes de preconceito e resistência. Deste modo, importa-nos discutir acerca da formação docente, bem como refletir sobre o Movimento da Negritude, tendo em vista suas contribuições para a autoafirmação identitária. Além do exposto, objetivamos averiguar a postura da professora para com a mãe do protagonista, a qual nos permite pensar sobre questões raciais e de gênero. Para tanto, utilizaremos, como aporte teórico, as contribuições de autores que se dedicam ao estudo da Negritude; do Gênero, categoria abordada sob a perspectiva do Feminismo Negro; da Educação Brasileira e da Literatura Infantil. Considerando que a sociedade, ainda, reforça os preconceitos raciais e que esse comportamento discriminatório converge para a escola, é imprescindível analisarmos como esses lugares de aprendizado são afetados por posturas racistas e combatê-las.