Práticas educativas antirracistas presentes no livro infantil Cachinhos, conchinhas, flores e ninhos

Abstract

Este estudo tenciona discutir sobre práticas educativas antirracistas, tratando-se de uma proposta educacional na perspectiva do respeito às subjetividades e valorização da ancestralidade africana que deve ser efetivada com urgência na sociedade contemporânea. Esses valores devem ser trabalhados na educação infantil com objetivo de dar voz ao segmento negro da população e (re)significar a educação em prol da igualdade racial. Nessa premissa, o objetivo desta pesquisa é compreender como no contexto da Educação Infantil, as práticas educativas antirracistas mediatizadas pela literatura infantil contribuem na afirmação identitária da criança negra a partir do texto literário. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, para coleta de dados foi realizado uma pesquisa bibliográfica em autores como; Ribeiro (2019) que traz discussões sobre práticas antirracistas; Gomes (2002) discorre sobre a relevância do corpo negro e do cabelo crespo no âmbito educacional; Sousa (2018) aborda questões referentes a representatividade negra na literatura Infantil dentro e fora da sala de aula e Trinidade (2012) disserta sobre a diversidade étnico-racial como prática pedagógica durante a educação infantil. A análise documental teve por base a Lei Diretrizes de Base da Educação Nacional, Lei nº 9394; Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA, Base Nacional Comum Curricular, Lei 10.639/2003. A obra literária analisada foi o livro infantil Cachinhos, conchinhas, flores e ninhos de Maurilo Andreas. A partir da pesquisa realizada, compreendemos que as práticas pedagógicas antirracistas presentes no livro analisado contribuem para o (re)conhecimento, autoaceitação e valorização das singularidades, dada a relevância do trabalho com a literatura infantil e afro-brasileira desde a mais tenra idade.