Resumo:
Os estudos sociolinguísticos ganham cada vez mais espaço no âmbito escolar, uma vez que apresentam o fenômeno da variação linguística de forma reflexiva para os alunos, como também, com o avanço da tecnologia, o ambiente digital se tornou propício para flagrarmos a variação linguística em tempo real. Logo, o fenômeno de variação liguística norteia uma proposta de atividade para alunos do ensino médio, com o objetivo geral de produzir um glossário, no qual destaca dez palavras mais utilizadas pelos jogadores de Free Fire, para o ensino da variação na língua. Justificamos a opção pelo jogo em questão porque o Free Fire dá voz aos gêneros digitais e nele observamos, na interação entre os jogadores de todo o país, a criação de novas palavras e a variação linguística de forma on line. Os aportes teóricos de Bagno (2007), Cezário e Votre (2008) alicerçam nossa análise/descrição em relação à mudança e variação na língua; e Silva e Tartaglia (2015), Marcuschi (2003) e Bakthin (1997) embasam em relação aos gêneros textuais digitais. Os resultados do trabalho com o glossário proporcionam ao aluno a consciência de que a língua muda e existem inúmeras formas de dizer a mesma coisa, que é a variação linguística. No entanto, nenhuma dessas formas é, de fato, “certa” ou “errada, mas adequadas ou não a determinados contextos/ambientes de situação de fala. A pesquisa apresenta uma abordagem qualitativa de natureza descritiva.
Descrição:
ARAUJO, R. B. de. O gênero jogo digital Free Fire: produção de um glossário para o ensino da variação linguística. 2020. 34f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Ensino de Língua e Literaturas na Educação Básica)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2021.