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A periodontite é considerada como a doença crônica inflamatória não comunicável mais comum em humanos. A terapia padrão-ouro é a Raspagem e Alisamento Corono Radicular (RACR), considerada a mais efetiva para o estabelecimento do controle adequado da infecção. Entretanto, alguns fatores podem reduzir a eficiência desse método, levando a uma constante busca por terapias adjuntas. O presente estudo objetivou realizar uma revisão integrativa sobre os principais tratamentos adjuntos aplicados na terapia periodontal (TP) não cirúrgica, analisando os desfechos relacionados à melhoria da condição periodontal dos pacientes. Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados Medical Publications (PubMed) e na Biblioteca Virtual em Saúde (Bvsalud) utilizando, para as duas bases, a mesma estratégia de busca com os seguintes parâmetros e descritores: um único pesquisador fez a busca por artigos que apresentassem no Title/Abstract os seguintes descritores em inglês: periodontitis, treatment, therapy e nonsurgical com o operador booleano AND e os descritores obesity, diabetes, smoker, smoking, glycemic e arthritis com o operador booleano NOT. Foram incluídas publicações sistemáticas com metanálise em humanos, dos últimos cinco anos e no idioma inglês. Foram excluídos estudos que envolvessem fatores modificadores locais e sistêmicos, exceto diabetes mellitus e fumantes. Foram encontrados 89 artigos nas bases de dados eletrônicas e 01 artigo por busca manual, ao final, foram selecionados 11 estudos sobre as terapias: à Laser, Ácido Hialurônico (AH), Antioxidantes, Estatinas, Antimicrobianos locais e sistêmicos e Probióticos. Foi constatado que a administração local de estatinas e o uso rotineiro de antibióticos sistêmicos como adjuvante a RACR não foram recomendados. A antibioticoterapia sistêmica auxiliar e sua administração local podem ser considerados, evitando-se, no entanto, o uso rotineiro desta terapia. Aplicações a laser, incluindo a Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana, e o uso de probióticos ainda não possuem evidências científicas suficientes que deem suporte ao uso adjuvante à instrumentação subgengival. As outras terapias mencionadas neste presente estudo (AH e antioxidantes), apesar de terem obtido bons resultados, não possuem sugestões nem recomendações baseadas em evidências científicas. |
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