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Este artigo tem como objetivo relatar uma experiência de Intervenção Psicossocial com gestantes em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no município de Campina Grande - PB, no âmbito de um projeto de estágio em Psicologia. A intervenção teve o objetivo principal de desenvolver a autonomia e a emancipação de gestantes através do desenvolvimento do empowerment, dos processos de conscientização, participação e fortalecimento, com uma atenção humanizada e integral. Os encontros ocorreram semanalmente, com uma hora e meia de duração e com a participação de gestantes, familiares e outros profissionais de saúde da UBS. Como estratégia metodológica, utilizamos a oficina de dinâmica de grupo, abordando os temas: amamentação, etapas do parto, direitos das gestantes e puerpério. Identificamos o sofrimento ético-político vivenciado pelas gestantes, gerado por situações de violação dos direitos em relações de poder, como potencial risco à saúde física e psíquica no ciclo gravídico-puerperal. Através das discussões com a reflexão crítica e a desmistificação de crenças relacionadas à gravidez, ao parto e ao puerpério, além do suporte emocional e informacional, foi possível oferecer um modelo de assistência integral às gestantes, com acolhimento humanizado. Com uma perspectiva psicossocial, a intervenção potencializou a promoção à saúde e a autonomia das gestantes com base nas suas reais necessidades, de modo a preencher uma lacuna existente nos modelos biomédico e psicológico de atenção pré-natal. |
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