Tratamento fisioterapêutico das disfunções sexuais na pós-menopausa: Uma revisão integrativa

Abstract

Introdução: a partir da menopausa, devido à redução do estrogênio, ocorrem várias alterações no corpo da mulher com aumento da predisposição para o desenvolvimento de disfunções sexuais, que tornam a expectativa do sexo motivo de ansiedade e afetam a autoestima. As disfunções sexuais femininas (DSF) são resultantes de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais, que contribuem para um bloqueio total ou parcial da resposta sexual adequada. Objetivo: determinar o tratamento fisioterapêutico apropriado das disfunções sexuais em mulheres na pós-menopausa. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que buscou evidenciar e discutir o tratamento fisioterapêutico das DSF na pósmenopausa, a partir de publicações científicas nas bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) com os seguintes descritores “Fisioterapia/Physical Therapy Specialty, Pósmenopausa/Postmenopause, Disfunções Sexuais Fisiológicas/Sexual Dysfunctions Physiological” no período de março à abril de 2021. Foram considerados critérios de inclusão estudos do tipo ensaio clínico, prospectivo, transversal, estudo de caso e série de casos, publicados de 2015 à 2021, nos idiomas inglês e português; foram excluídos aqueles que não eram relatos de pesquisa, que disponibilizaram apenas o resumo e apresentaram duplicidades em bases de dados. Resultados: foram encontrados 110 artigos, sendo excluídos nove por serem duplicações. Após leitura dos títulos dos 101 artigos restantes, foram excluídos 85 por não responderem ao problema da pesquisa e lidos os resumos de 16 estudos. Em seguida, foram excluídas dez pesquisas, que não se enquadravam nos critérios de elegibilidade. No final foram analisados seis artigos. As técnicas fisioterapêuticas utilizadas para tratamento das DSF de mulheres na pós-menopausa, citadas nos estudos, foram o laser de CO2 e de érbio, a cinesioterapia dos músculos do assoalho pélvico (MAP) e os dilatadores vaginais. Conclusão: os estudos comprovaram que as técnicas fisioterapêuticas são eficazes no tratamento das DSF em mulheres na pós-menopausa, reduzindo os sintomas dolorosos, melhorando o tônus, a força e a funcionalidade da MAP com consequente melhoria da saúde vaginal, da vida sexual e da qualidade de vida das mulheres nesse período.