Resumo:
Introdução: A polineuropatia periférica diabética é uma das principais complicações
do DM. A gravidade das complicações é associada ao tempo de diagnóstico da
doença e ao estresse oxidativo, consequência da hiperglicemia crônica, discutido
como fator desencadeante da degeneração e desmielinizarão axonal de nervos
periféricos, provável causa etiológica da polineuropatia periférica diabética (PND). O
comprometimento multissistêmico em indivíduos diabéticos tipo 2 (DM2)
compromete a capacidade funcional e tolerância ao exercício. Objetivo: O presente
estudo objetivou analisar a capacidade funcional e a sensibilidade periférica de
indivíduos com DM2, com e sem polineuropatia diabética periférica e a correlação
entre essas variáveis. Teve como objetivos específicos avaliar as características
sociodemográficas, antropométricas da população estudada, analisar os resultados
dos testes de sensibilidade tátil, comparar os resultados do teste de capacidade
funcional entre grupos. Metodologia: O universo amostral foi composto por um total
de 16 (dezesseis) sujeitos com idades entre 36 – 73 anos, com diagnóstico clínico
de diabetes tipo 2 (DM2) com e sem polineuropatia diabética periférica. A amostra
foi dividida em dois grupos: grupo 1 contendo pacientes sem polineuropatia
periférica diabética (G1 SPND), composto por 7 pacientes; grupo 2 contendo
pacientes com polineuropatia periférica diabética (G2 CPND), composto por 9
pacientes. Foram avaliados através do teste de sensibilidade tátil monofilamentar de
10g e do Teste do Degrau Incremental Modificado, preditor confiável da capacidade
funcional. Para as análises estatísticas, foram adotados intervalos de confiança de
95%, consequentemente, nível de significância do p-valor ≤ 0,05 ou 5%. Os
resultados da análise foram obtidos por meio do programa RGui – através da GUI
(Graphical User Interfaces) R Commander. O teste utilizado para verificar a
aderência dos dados à distribuição normal foi Shapiro-Wilk. Os testes de correlação
utilizados foram o de Spearman e Pearson Resultados: Amostra 16 indivíduos,
sendo 43,75% do grupo 1 e 56,25% do grupo 2. G1 SPND com média de idade igual
a 58 anos e G2 CPND 61,44 anos. As correlações do G1 SPND, e G2 CPND foram
testadas entre sensibilidade periférica tátil e duração do teste de capacidade
funcional, e entre sensibilidade periférica tátil e número de degraus escalados.Conclusão: Para o teste de capacidade funcional os melhores resultados, foram do
grupo1, quando comparado ao grupo2, não foi possível através dos testes de
correlação identificar diferença estatística.
Descrição:
GOIS, P. E. P. de. Correlação entre alterações de sensibilidade e capacidade funcional em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 com e sem Polineuropatia Periférica Diabética. 2019. 31f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.