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O licenciamento ambiental é um dos mais importantes instrumentos da Política Nacional de
Meio Ambiente para defesa do meio ambiente à disposição da sociedade civil e do Poder
Público. Através dele, se busca o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e o meio
onde o homem vive mediante um controle prévio e de um continuado acompanhamento das
atividades capazes de gerar impactos sobre o meio ambiente, sendo um processo
administrativo complexo que tramita perante a instância administrativa responsável pela
gestão ambiental, seja no âmbito federal, estadual ou municipal. Nesse sentido, essa pesquisa
objetiva caracterizar o licenciamento ambiental em Campina Grande/PB, a sua
descentralização e implicações. Tratando-se de um estudo exploratório, com abordagem
quantitativa, realizado com base em dados das licenças emitidas pelo órgão estadual
licenciador – SUDEMA e o órgão municipal licenciador – SESUMA, no período de 2004 a
2018. Os resultados corroboraram a existência de uma tendência de decaimento numérico nas
licenças emitidas pela SUDEMA, enquanto há uma tendência de crescimento nas licenças
emitidas pela SESUMA. Um fato a ser observado corresponde à licença prévia e licença
simplificada apresentar baixos percentuais, apesar da sua importância. De maneira geral, o
resultado dessa descentralização do licenciamento ambiental entrega ao município mais uma
responsabilidade que se junta às atribuições de políticas básicas que já se encontram com
dificuldades de implementação. Nesse cenário, com a municipalização, se faz necessário o
fortalecimento do órgão local de meio ambiente e, em paralelo, pensar e agir com soluções
econômicas, políticas, sociais, fiscais e institucionais para se evitar problemas já existentes no
licenciamento estadual e federal no nível municipal. |
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