Resumo:
Este trabalho, que apresenta um breve perfil sociológico da evolução dos modos de produção, determinantes na organização e na divisão social do trabalho - e que atuam como um mecanismo produtivo e de manutenção cultural - tem como objetivo geral analisar a forma de produção de farinha realizada pelos indígenas Potiguara. Para isso, foram elencados os seguintes objetivos específicos: verificar a evolução dos meios tecnológicos; analisar as modificações que ocorrem na essência da produção de farinha, a partir da sua importância social e cultural para os indígenas; caracterizar as atribuições/perfil dos atores que atuam no universo sociocultural e demonstrar sua importância; e descrever o “modelo” administrativo dessa unidade produtiva. A questão que norteia a pesquisa é a seguinte: Como se apresentam a organização e a divisão social do trabalho, como um mecanismo de fortalecimento e manutenção da cultura indígena? Como fontes utilizadas para o estudo, destacam-se os trabalhos de Golias Silva (2006), Consuelo E. Izquierdo Albert (2005) e Fernanda Casagrande Martineli (2004), que nos deram o embasamento sociológico/antropológico, e no tocante ao conhecimento específico da farinha, Luiz de Figueiredo Cavalcanti Filho (2005). Também foram realizadas pesquisas bibliográficas, em sítios, a respeito do tema, entrevistas e observações com base na vivência e na experiência do autor, como servidor da FUNAI. Os resultados apontam que o modo de produção de uma casa de farinha indígena, desde o plantio da mandioca até a “fabricação” da farinha e de seus subprodutos, apresenta uma exemplar organização e divisão social do trabalho, que atua como um mecanismo de manutenção da cultura desse povo.
Descrição:
SITÔNIO, Luis Carlos Ferraz. Organização e divisão do trabalho como mecanismo de produção e manutenção cultural: o universo sociocultural da casa de farinha indígena. 2012. 20f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração à Distância)- Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2012.