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Desde os anos 1970, se buscou uma nova maneira de tratar os portadores de
transtornos mentais, centrada na convivência com as diferenças e o seu
reconhecimento como cidadãos, inseridos numa rede de serviços de saúde mental
que desconstruísse o modelo hospitalocêntrico, através do processo de
desinstitucionalização, de modo a promover a reinserção social dos usuários de
transtornos mentais. Na rede de atenção em saúde mental, os Centros de Atenção
Psicossocial são compreendidos como cenários que desenvolvem atividades de
cuidado, promotor da vida que buscam garantir o exercício da cidadania e da
inserção social dos usuários com transtornos mentais e de seus familiares. Assim, o
objetivo dessa pesquisa visou analisar a inserção no meio social, comunitário e familiar de
usuários com transtornos mentais acompanhados em Centros de Atenção Psicossocial
no município de Campina Grande-PB. Trata-se de um estudo de caráter transversal,
exploratório, com abordagem quantitativa. Foi realizado em quatro Centros de
Atenção Psicossocial. Participaram do estudo 18 trabalhadores de saúde que atuam
em CAPS. Para coleta de dados utilizou-se um questionário autoaplicável.
Procedeu-se a análise estatística descritiva para o cálculo de frequências absolutas
e relativas e da mediana do tempo de atuação e, para cada item Likert foi calculado
o Ranking Médio, para mensurar o grau concordância dos participantes em relação
ao desenvolvimento de atividades e ações que contribuem para a inserção social da
pessoa com transtornos mentais nos Centro de Atenção psicossocial. Os resultados
mostram que a maioria dos participantes, sexo feminino (83,3%); com ensino
superior (61,1%); com maior concentração de profissionais pertencentes às
seguintes categorias: psicólogos (22,2%), enfermeiros (22,2%) e técnicos de
enfermagem (22,2%), com tempo mediano de atuação de trabalho em saúde mental
de 7,5 anos. Verificou-se maior concordância quanto ao CAPS como espaço
estratégico para o usuário inserir no meio social, comunitário e familiar (RM = 4,8);
dificuldade de inserção social do usuário devido ao preconceito, discriminação,
abandono e estigma (RM=4,8); Estimulo a autonomia do usuário com transtornos
mentais para cumprir seu papel como cidadão (RM= 4,7); execução de voltadas à
inserção social de forma multidisciplinar (RM = 4,6); As ações executadas
contribuem para inserção social de usuários com transtornos mentais no âmbito
familiar (RM = 4,5). Conclui-se, apesar dos esforços dos profissionais de CAPS, para
promoção da inserção dos usuários no meio social, comunitário e familiar, ainda são grandes
os desafios e as dificuldades presentes a serem enfrentados para a busca da
desinstitucionalização e inserção desses usuários no meio social, familiar e
comunitário em seu município. |
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