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Este estudo teve como objetivo caracterizar o acesso aos serviços odontológicos
entre pacientes submetidos à hemodiálise e identificar possíveis relações com os
determinantes sociais e autopercepção de saúde bucal. Foi realizado um estudo
transversal e censitário em dois Centros de Hemodiálise de uma cidade do Nordeste
brasileiro. Participaram do estudo 226 pacientes, A maioria era do sexo feminino (n =
134; 59,3%), da faixa etária de 60 a 69 anos (n = 53; 23,5%), tinha até 8 anos de
estudo (n = 126; 55,8%), geralmente usava o serviço odontológico público (n = 117;
51,8%) e avaliou a auto percepção de saúde bucal como boa (n = 108; 47,8%). Na
ACM, a primeira e a segunda dimensões apresentaram, respectivamente, autovalor
1,844 e 1,515; inércia 0,184 e 0,152. As variáveis mais discriminantes para a
dimensão 1 hierarquicamente foram: faixa etária (0,584), tempo da última visita ao
dentista (0,447) e escolaridade (0,349), enquanto que para a dimensão 2 foram:
renda per capita (0,254), auto percepção de saúde bucal (0,249) e tipo de serviço
odontológico que geralmente usa (0,218). As variáveis escolaridade e faixa etária
contribuíram de maneira relevante para a formação de ambas as dimensões.
Através do mapa perceptual das categorias das variáveis investigadas
(determinantes sociais, acesso aos serviços odontológicos e auto percepção de
saúde bucal). sugere a formação de três grupos com perfis distintos (G1, G2 e G3).
(G1) mulheres de 50-59 anos de idade, com escolaridade baixa, que usavam o
serviço odontológico privado e avaliaram a autopercepção de saúde bucal como
boa; (G2) homens de até 39 anos de idade, com escolaridade intermediária, que
usavam ora o serviço público ora o serviço privado e avaliaram a autopercepção de
saúde bucal como ruim ou péssima; (G3) pacientes de ambos os sexos, da faixa
etária de 70 anos ou mais, com escolaridade variável, que usavam o serviço
odontológico privado e avaliaram a autopercepção de saúde bucal como excelente
ou muito boa. Os resultados sugerem que os determinantes sociais da saúde
também podem influenciar o acesso aos serviços odontológicos e a autopercepção
de saúde bucal entre pacientes portadores de Imsuficiência Renal Crônica no Brasil. |
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