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As briófitas, se destacam por serem o segundo maior grupo de plantas contribuindo de
maneira importante para a biodiversidade mundial, são mais diversificadas taxonomicamente
em Florestas Tropicais Úmidas, nesta perspectiva foram escolhidas para o presente estudo no
Parque Estadual Mata do Pau-Ferro, com cerca de 600 ha (Areia – PB), reserva estadual.
Objetivou-se realizar o levantamento de musgos corticícolas locais e fornecer dados sobre a
ecologia dessas espécies no Parque. Foi realizada divisão territorial do fragmento em 10
parcelas (10mx10m) ao longo de um transecto com as parcelas distando 100 m entre si, em
cada parcela foram selecionados cinco forófitos (DAP > 30cm) para proceder a coleta das
amostras de musgos (10cm2
) utilizando as técnicas usuais em briologia. No total de 300
amostras, identificou-se 15 espécies de musgos pertencentes a seis famílias, sendo
Calymperaceae e Sematophyllaceae as de maior representatividade. Foram detectados quatro
novos registros para a brioflora da Paraíba: Entodontopsis nitens (Mitt.) W.R.Buck & Ireland,
Sematophyllum adnatum (Michx.) Brid, Sematophyllum swartzii (Schwägr.) W.H.Welch &
H.A.Crum e Zelometeorium patulum (Hedw.) Manuel. No que tange às formas de vida - tufo e
tapete foram predominantes, já quanto às guildas de tolerância à luz, as generalistas
predominaram com 75%, seguidas pelas especialistas de sombra com 25%, enquanto que as
especialistas de sol foram ausentes. Essa composição é condizente com a estrutura de
comunidade de briófitas para ambientes florestais fragmentados. No Parque Estadual Mata do
Pau-Ferro foi possível encontrar uma flora de musgos relativamente rica, apresentando, no
entanto, mudanças na composição das espécies ao longo do tempo, com espécies resistentes
as constantes pressões antrópicas impostas. Espera-se que esse estudo sirva como subsídio
para efeito de implementação de ações de manejo no Parque, bem como, incrementar o
conhecimento sobre a brioflora regional. |
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