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A visão é considerada a grande promotora da interação humana em atividades motoras,
perceptivas e mentais, e a perda desta pode provocar alterações no meio social. Objetivo:
Avaliar a qualidade de vida de deficientes visuais utilizando World Health Organization
Quality of Life (WHOQOL-Bref) e a percepção da saúde bucal Oral Health Impact Profile
(OHIP-14). Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, de caráter transversal, abrangendo
pessoas com deficiência visual, nos meses de setembro e novembro de 2019. Foram
entrevistados 20 deficientes visuais no Instituto de Educação Assistencial aos Cegos do
Nordeste de Campina Grande- Instituto dos Cegos-PB, maiores de 18 anos. Foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da UEPB, CAAE: 19537019.8.0000.5187. Para a avaliação da
qualidade de vida foi utilizado World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref)
e questionário Oral Health Impact, Profile (OHIP-14, versão em português). Para a análise
dos dados utilizou-se a estatística descritiva e categorização. Resultados: A análise mostrou
que predominou o sexo masculino (80%), com média de idade de 32,25 anos, variando de 18
a 76 anos. Tinham o ensino fundamental 35%, 40% ensino médio e 15% curso superior.
Sobre o estado civil 75% eram solteiro, 10% eram casados e 15% eram divorciados. O estudo
revelou melhor qualidade de vida nos domínios psicológico e relações sociais. Estes
alcançaram os melhores escores (16,3 e 16,0 respectivamente), seguindo-se pelo físico (14,3)
e por último o meio ambiente (11,8). Quanto à classificação do domínio todos foram
classificados em “Regular” exceto o domínio psicológico que foi “Boa” (4,0). Com relação à
percepção de qualidade de vida 70% dos entrevistados relataram “Boa”, 20% regular e 10%
boa, e 55% dos entrevistados estão satisfeitos com sua saúde, 10% muito satisfeitos, 5%
insatisfeito e 30% indiferente com sua saúde. Conclusão: Concluiu-se que a qualidade de
vida dos entrevistados foi Regular. Há uma menor percepção de qualidade de vida nos
domínios físico e de meio ambiente, provavelmente decorrentes da situação sócio-estruturais
e culturais dos participantes. Quanto às relações sociais e psicológica, os deficientes visuais
possuem um bom nível de satisfação sobre seus atributos pessoais. Analisando o OHIP-14
verificou-se que na maioria dos entrevistados, apesar das limitações, estes se preocupam com
a condição da sua saúde bucal e se sentem insatisfeitos pela condição que se encontram. |
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