Indicadores de qualidade da atenção pré-natal recebida por usuários da Estratégia Saúde da Família em municípios do estado da Paraíba

Abstract

Objetivo: Descrever indicadores de qualidade da atenção pré-natal recebida por usuárias da Estratégia Saúde da Família em municípios do Estado da Paraíba e investigar diferenciais segundo o tipo de equipe de saúde, características socioeconômicas e o suporte social. Métodos: Estudo transversal com 897 mulheres com filhos menores de 5 anos de idade. Os dados foram coletados mediante aplicação de questionários. Incluíram-se informações de cunho social e da assistência pré-natal (tempo de início, número de consultas, suplementação com sulfato ferroso, vacinação contra o tétano). Resultados: Iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre de gestação 81,0% das mulheres e 83,0% realizaram no mínimo seis consultas. A suplementação com sulfato ferroso e a imunização contra o tétano foram referidas por 94,9% e 88,8% das entrevistadas, respectivamente. A convivência com companheiro, o melhor nível socioeconômico e o não benefício da Bolsa Família associaram-se positivamente ao tempo de início do pré-natal, ao número de consultas e à suplementação com sulfato ferroso. Além disso, a prestação do serviço em equipes do Programa Mais Médicos, o trabalho materno fora de casa, a segurança alimentar e nutricional/insegurança alimentar leve, o alto apoio social e a funcionalidade familiar influenciaram de forma positiva o início do pré-natal no primeiro trimestre; enquanto o número de consultas à segurança alimentar e nutricional/insegurança alimentar leve. Conclusão: A adequação do pré natal mostrou indicadores satisfatórios, influenciados pelo tipo de equipe de saúde, pelas características socioeconômicas e pelo suporte social da gestante.