Resumo:
Diante da epidemia de casos de crianças nascidas com diversas complicações que alteram o
seu desenvolvimento, incluindo a microcefalia, nos últimos anos, devido à infecção
gestacional do vírus da Zika e das adversidades enfrentadas pelos familiares dessas
crianças, principalmente a figura materna, faz-se necessário um aprofundamento das
experiências parentais após o diagnóstico. A pesquisa buscou identificar a relação da rede
social pessoal de mães em seus processos de coping frente à experiência da maternidade.
Colaboraram com o estudo 10 mães paraibanas. Os instrumentos utilizados foram: ficha
sociodemográfica, mapa de rede e entrevistas com roteiro semi-estruturado. Os dados
foram coletados em dois momentos distintos, em um Centro Especializado de Reabilitação
e nas residências das próprias mães. Após as entrevistas para a construção do mapa de rede
de apoio e para apreensão das estratégias de coping, analisou-se os dados a partir da
proposta temático categorial de Bardin. Os dados apontaram a importância dos familiares,
profissionais de saúde e outras mães de crianças com a SCVZ como membros atuantes da
rede, ajudando no enfrentamento da situação servindo como suporte emocional,
psicológico, instrumental e informacional. Foi evidenciado também o descaso dos serviços
de saúde desde a gestação até o tratamento das crianças e a falta de mobilização das mães
em prol desses direitos, como também aponta-se a necessidade de serviço de escuta
psicológica para essas mulheres.
Descrição:
GUERRA, G. G. Rede social pessoal e coping materno: Um olhar psicossocial no cenário da Síndrome Congênita do Vírus Zika. 2019. 24f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.