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Introdução: O Diabetes Mellitus é uma patologia na qual o pâncreas não produz
adequadamente a insulina ou sua utilização não é eficiente, gerando como principal
consequência a hiperglicemia. O tipo 1 foi o focado neste trabalho. Este se desenvolve após a
destruição das células B do pâncreas cujo único tratamento é por meio da insulinoterapia. O
interesse pela temática surgiu através das experiências diárias enquanto paciente diabética e
por observar o foco dos profissionais nos aspectos fisiopatológicos. Objetivo: Relatar a
experiência do paciente diabético quanto aos aspectos pessoais e sociais e suas formas de
enfrentamento. Como objetivos específicos buscou-se avaliar o autocuidado no tratamento,
identificar como a alimentação e a prática de atividades físicas afetavam o controle glicêmico
e investigar os aspectos pessoais e sociais relacionados a auto aceitação do paciente.
Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa através de um
estudo de caso, sendo realizado em Campina Grande com uma paciente jovem de 21 anos. O
instrumento utilizado foi um questionário elaborado com questões objetivas e subjetivas. A
coleta de dados foi realizada no período de julho de 2019 e a análise de dados foi realizada em
agosto de 2019. Resultados e discussão: Foram encontradas 8 categorias: Dieta variada e
supervisionada de acordo com a patologia, Importância do cálculo de carboidratos, Não
disponibilidade de uma dieta adequada fora do domicílio, Não prática de atividade física, O
receio ao tratamento em público pela falta de conhecimento de determinadas pessoas quanto à
doença e tratamento, A tecnologia no auxílio do tratamento, Não entendimento das pessoas
em relação a patologia, Dificuldade de adaptação quanto ao diagnóstico. Considerações
finais: Avaliou-se a doença e além do aspecto físico, também afeta as relações pessoais,
observando-se na pesquisa a presença do sentimento de revolta e frustação por ter a doença, e
sociais da participante como a vergonha de ter que falar sobre a patologia, de ter que tomar a
medicação na frente dos colegas. Também observou-se quais são os mecanismos de
enfrentamento como a conversa com as pessoas de seu convívio atentando-lhes o desconforto
de falar constantemente sobre o Diabetes, além do uso de aplicativos para contagem de
carboidratos e controle glicêmico. Pretende-se com este trabalho contribuir para que outros
pacientes diabéticos tenham a oportunidade para relatar as suas dificuldades no convívio com
a patologia e para que os profissionais saibam conduzi-los a melhor resposta. |
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