Resumo:
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), transplante é a transferência
compatível de células humanas, tecidos ou órgãos de um doador para um receptor, visando
recuperar a atividade do órgão comprometido. Nesse cenário, o presente artigo visa abordar
aspectos do processo doação-transplante de órgãos sólido, incluindo temas como: potencial
doador; antecedentes históricos e a realidade dos transplantes de órgãos sólidos no Brasil e em
outros países; doador efetivo; legislação regulatória; lista de espera; custos; distribuição dos
centros de transplantes; morte encefálica; recusa familiar; números absolutos de transplantes
realizados de 2008 a 2018. Desta forma, trata-se de uma revisão narrativa, desenvolvida
mediante análise de documentos de acesso público, como: artigos originais, artigos de revisão,
dissertações, teses, publicações de órgãos governamentais e não-governamentais nacionais e
internacionais. No estudo em questão, a partir de dados demográficos mundiais, nacionais e
regionais, foram analisados os números de órgãos sólidos transplantados durante o período de
2008 a 2018. Nesse contexto, foram realizados 1.284,687 transplantes de órgãos sólidos no
mundo. Destes 79.580 ocorreram no Brasil, distribuídos em: 55.702 transplantes de rim,
18.424 transplantes de fígado, 2.983 transplantes de coração, 1.207 transplantes de
pâncreas/rim, 845 transplantes de pulmão e 407 transplantes de pâncreas. Assim, as pesquisas
bibliográficas permitiram observar que apesar de existir um aumento no número de doações
de órgãos sólidos e nos números de transplantes, ainda existem longas filas de espera. De
forma peculiar, tal realidade é decorrente da falta de conhecimento sobre essa temática pouco
abordada e na desigualdade quanto a distribuição dos centros de transplantes, estando o
Sudeste na primeira posição, o Sul na segunda e o Nordeste na terceira. Em relação a região
Nordeste, os estados do Ceará e Pernambuco se destacaram com maior concentração de
procedimentos realizados. No que tange a Paraíba, há um longo caminho a percorrer, visto
que, foram efetuados apenas transplantes de órgãos sólidos nesse intervalo de tempo.
Descrição:
SANTOS, I. P. dos. Transplantes de órgãos sólidos no Brasil: Uma revisão narrativa. 2019. 72f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.