dc.description.abstract |
A psicanálise e a sociologia sempre caminharam juntas, de uma forma ou de outra,
pois compõem as partes daquilo que, no todo, formam as sociedades. Com a
criação da psicanálise por Freud, desenvolveram-se as estruturas clínicas tais quais
conhecemos hoje, quais sejam a neurose, a psicose e a perversão. Foi somente
com seu sucessor, Lacan, que a psicose pôde ser mais bem desenvolvida e novas
descobertas foram semeadas. A partir de Miller, e a com a “formalização” do termo
“psicose ordinária” na ultima das três conversações que realizou, em 1998, que
surge então a noção dos sujeitos que são impossíveis de classificar, seguindo a
clinica estruturalista de Freud e Lacan. A estes sujeitos foi dado o nome de
“Inclassificáveis”. Considerando o viés sociológico, partimos da concepção da pós
modernidade, a qual Bauman denomina de Modernidade Líquida e na qual novas
formas de manifestação clinica dos sintomas dos sujeitos são elaboradas, e cuja
explicação pode ser ensaiada a partir declínio da função paterna e da multiplicidade
de referenciais inerentes a essa modernidade liquefeita, a qual os sujeitos se vêem
convocados a produzir um sinthoma que lhes supra o antigo universal do Nome-do Pai. A partir desta relação, pretende-se discutir qual(is) a(s) relação(ões) entre o
contexto sócio-histórico e as estruturas psíquicas existentes e reconhecidas pela
psicanálise freud-lacaniana, através de revisão bibliográfica das obras de Freud,
Lacan e Miller na psicanálise, no que concerne às estruturas psíquicas;
correlacionando-as ao conceito de Modernidade Líquida do sociólogo polonês
Zygmunt Bauman. |
pt_BR |