A importância do olhar clínico do enfermeiro na detecção de comportamentos precoces do autismo na consulta de puericultura

Abstract

Introdução: o enfermeiro é um dos principais responsáveis pela saúde e bem estar da criança que é acompanhada pela equipe de Estratégia Saúde da Família. Desta forma, seria interessante se este profissional fosse capaz de identificar comportamentos e características do Transtorno do Espectro do Autismo de forma precoce durante a consulta de puericultura, a fim de proporcionar uma intervenção prévia a essas crianças, participando do processo de melhoria da qualidade de vida delas ao longo dos anos. Objetivo: identificar o conhecimento dos enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família acerca do Transtorno do Espectro do Autismo e identificação de forma precoce na consulta de puericultura. Metodologia: trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, realizada com enfermeiros atuantes das Equipes de Estratégia Saúde da Família do município de Puxinanã - PB, por meio de uma entrevista semiestruturada. Com relação à análise e interpretação dos dados, foi feita uma análise baseada na análise de conteúdo sob a metodologia desenvolvida por Bardin, que consiste em um conjunto de técnicas para análise das comunicações, construindo uma interpretação descritiva, qualitativa e imersiva com relação aos materiais obtidos. Resultados e discussão: Área temática central, subdividida em três categorias: conhecimentos das enfermeiras acerca do autismo, percepção de comportamentos precoces relacionados ao autismo e intervenções, e dificuldades relatadas pelas enfermeiras para detecção de comportamentos precoces do autismo. As enfermeiras entrevistadas possuem poucos conhecimentos acerca do autismo e teriam dificuldades em associar comportamentos incomuns observados durante as consultas de puericultura ao autismo, pois, apesar de já terem ouvido falar sobre o transtorno, demonstram insegurança em suas palavras e dúvidas quanto às respostas emitidas. Conclusão: é possível concluir que as enfermeiras atuantes da Equipe de Estratégia de Saúde da Família possuem conhecimentos acerca do Transtorno do Espectro do Autismo, porém, mais empírico do que científico, além de apresentarem algumas limitações de entendimento com relação ao transtorno.