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Introdução: Doenças cardiovasculares (DCV) são caracterizadas por um grupo de patologias
que atingem o músculo cardíaco e vasos sanguíneos, correspondendo à principal causa de
morte em todo mundo. O infarto do miocárdio é um evento agudo geralmente causado pelo
acúmulo de placas de gorduras no interior das paredes dos vasos sanguíneos responsáveis pela
irrigação do músculo cardíaco. O tratamento baseia-se em clínico, medicamentoso e cirúrgico
através da angioplastia e revascularização miocárdica. Objetivo: Avaliar as pressões
respiratórias máximas e capacidade submáxima de exercício dos indivíduos submetidos a
cirurgia de revascularização do miocárdio. Métodos: A pesquisa aconteceu em três etapas: a
primeira no pré-operatório avaliando todas as variáveis respiratórias e capacidade submáxima
de exercício, a segunda no pós-operatório imediato avaliando a força muscular inspiratória e
expiratória, e a terceira no quinto dia pós-operatório, em que todas as variáveis foram
reavaliadas. As pressões respiratórias máximas foram avaliadas por meio da
manuvacuometria; a capacidade submáxima de exercício foi avaliada utilizando o teste de
caminhada de seis minutos. Resultados: Foram incluídos 7 pacientes em que observou-se que
os indivíduos submetidos cirurgia de revascularização miocárdica apresentaram 67,14 ± 4,9
anos, com predominância do sexo masculino e ensino fundamental I. Os fatores de risco
encontrados foram hipertensão, diabetes melittus, dislipidemia, sedentarismo, fumantes. A
utilização da cirurgia de revascularização miocárdica utilizando ponte safena foi mais
incidente . O tempo médio de cirurgia foi de 265 ± 52,3 minutos, de circulação extra corpórea
75,8 ± 26,2 minutos e ventilação mecânica invasiva 677,1 ± 157,9 minutos. A complicação
pós-operatória de maior prevalência foi a atelectasia. Houve redução significativa na pressão
expiratória máxima no segundo dia pós-operatório e quinto dia operatório, PEmáx (62,3 ±
25,8 vs. 37,1 ± 16,1 vs. 43,4 ± 16,4 cmH2O) mostrando significância no segundo dia pós operatório (p=0,01) e quinto dia pós-operatório (p=0,02). A pressão inspiratória máxima
mostrou-se reduzida no segundo dia pós-operatório e quinto dia operatório PImáx (66 ±35,5
vs. 43,2 ± 32,7 vs. 55,1±20,7), porém sem diferença significativa. Também houve redução da
capacidade submáxima de exercício, através da diminuição da distância percorrida em seis
minutos, no quinto dia pós-operatório (312,8 ± 33,05 vs. 229,5±63,2 metros), apresentando
redução significativa (p = 0.002). Conclusão: Após análise dos resultados, foi possível
sugerir que a cirurgia de revascularização miocárdica exerce influência negativa sob a função
pulmonar e capacidade submáxima de exercício. |
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