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O presente trabalho tem como objeto de estudo a figura de Padre Zuzinha no município de Santa Cruz do Capibaribe-PE, por meio do recorte temporal que compreende sua chegada nesta cidade na década de 1950, passando pelos pleitos eleitorais nos quais foi candidato (1968 e 1976), se encerrando em 1986, período onde é localizado com maior evidencia a construção de “lugares de memória” que se inicia logo em seguida da sua morte em 1983. Por se envolver em uma trama do campo da política, este trabalho está inserido no viés da nova história política, em especial da categoria do conceito de cultura política. Tomamos como fontes principais textos do Jornal Capibaribe, imagens, jingles das campanhas eleitorais, canções, áudios, leis e publicações da época. Tomando o objeto e as fontes utilizamos do paradigma indiciário de Ginzburg (1989) como método que possibilitou fazer com que as fontes falassem e nos dessem a possibilidade de construir nossa escrita da história. A escolha deste objeto partiu da necessidade de analisar como essa figura, a partir de sua vida política e dos “lugares de memória”, podem ser considerados como uma cultura política emergente. Desse modo, nos apropriaremos dos conceitos de Teatralização do Poder, a partir de Georges Balandier e Schwartzenberg, bem como da idéia de Representação de Roger Chartier e Carisma por meio de Geertz. Abordaremos Mitologia Política, a partir de Girardet, Poder Simbólico de Bourdieu e por meio de Nora tratamos da categoria de Lugares de Memória. Discorreremos nos três capítulos sobre o cenário político local, os pleitos eleitorais e por fim os “lugares de memória” instituídos após a morte de Padre Zuzinha. |
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