Resumo:
As adaptações cinematográficas e televisivas possibilitam a releitura e atualização de temáticas e questões sociais, econômicas e políticas de períodos distintos. Como exemplo disso citamos a série televisiva Penny dreadful, que dentre as suas inúmeras personagens femininas traz uma mulher subversiva que questiona a sua posição no período vitoriano, que deveria ser delicada, discreta e dedicada ao casamento. Sendo assim, esta pesquisa tem como objetivo analisar a representação do feminino transgressor através de Lily Frankenstein, traçando uma discussão sobre como o patriarcado reprime sua subversão por ela não se inserir no estereótipo da mulher do século XIX. Para realizarmos esse estudo, utilizamos uma metodologia com abordagem qualitativa, descritiva e interpretativa através de estudos bibliográficos. Como embasamento teórico recorremos aos estudos de Elisa Seerig (2019), Lucas Gagliardi (2016), Stephanie Green (2017) e Mariana Sousa (2014) entre outros, que trazem concepções sobre o feminino na personagem analisada. Utilizamos estudos de Pierre Bourdieu (2012) e Michel Foucault (1988) sobre a dominação masculina e questões acerca da sexualidade e Gayatri Spivak (2010) para abordar a questão da subalternidade. Por fim, estudos de Juliana Schmitt (2010) sobre vestuário e normas sociais no período vitoriano foram utilizados como parte da análise da mise-en-scène no seriado. Através deste estudo pretendeu-se discorrer sobre como a personagem Lily Frankenstein resiste às tentativas de silenciamento e reafirma a sua autonomia feminina.
Descrição:
NASCIMENTO, A. O. do. Modos de transgressão e silenciamento feminino na TV: uma leitura da personagem Lily Frankenstein em Penny dreadful, de John Logan. 2021. 49f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2021.