A representação da mulher negra no romance Úrsula

Abstract

Este artigo apresenta uma leitura em torno da representação do feminino negro presente na obra Úrsula (1859), romance de autoria da Maria Firmina dos Reis. O foco está em discutir quais reflexões sobre o contexto escravocrata é possível levar ao leitor em formação na educação básica sobre as questões étnico-raciais. Em função disso, tem como referencial teórico os estudos de Candido (1989); Castilho (2004); Conduru (2007); Duarte (2011); Duarte (2013); Filho (2004); Gomes (2010); Lopes (2005); Machado (2018); Matos (1976); Moura (2005); Oliveira (2008); Reis (1989); Reis (2018); Teodoro (2005); Veríssimo (1936), entre outros, que situam sobre o negro na literatura brasileira antes do período de Úrsula (1859), a mulher na literatura e a literatura afro-brasileira no contexto escolar. Trazendo uma metodologia de cunho analítico, a narrativa em questão, possibilita discutir a respeito da importância que a literatura tem para a leitura de questões em torno do processo da escravidão, da violação dos direitos humanos, da resistência, bem como abranger a formação de uma consciência crítica reflexiva.