Resumo:
Muito se discute sobre as formas de falar, e o modo de falar é apontado como correto ou errado. Entretanto, a partir dos estudos linguísticos, neste caso, especificamos os estudos da Sociolinguística, entendemos que essas noções de certo e errado são ideias ancoradas em concepções puramente sociais, pois todos falam conforme a maleabilidade do sistema linguístico de sua língua materna e variam essa língua por força de diferentes forças sociais. Desse modo, este trabalho tem o objetivo de analisar as atitudes linguísticas de paraibanos de gerações distintas de uma mesma família, considerando o grau de escolarização. Para tanto, trabalhamos nos trâmites de uma pesquisa qualitativa, com entrevistas em que os membros de uma mesma família são os entrevistados e a partir de suas respostas fazemos uma análise das percepções linguísticas presentes nos discursos desses falantes. Como aportes teóricos, dialogamos com Bagno (2007), Labov (2008), Hora (2011), Kaufmann (2011), Veloso (2014), entre outros, com foco na relação indissociável entre língua e sociedade. Nessa conjuntura, constatamos que os colaboradores não possuem atitudes totalmente positivas ou negativas sobre as maneiras de falar, uma vez que suas atitudes se tornam distintas em relação ao grau de escolarização, mas podem ter atitudes similares a respeito da identidade da linguagem nordestina.
Descrição:
Juvino, A. S. Variação linguística em contexto intergeracional: atitudes linguísticas a partir do grau de escolarização. 2021. 37f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2021.