Resumo:
Embora haja muitos estudos sobre a narrativa ficcional “A hora e vez de Augusto
Matraga”, de João Guimarães Rosa, até o momento, nenhum deles comtempla os
elementos trágicos gregos a partir da visão aristotélica. Portanto, nosso trabalho versa
sobre A hamartia em “A hora e vez de Augusto Matraga”, em que objetivamos analisar
o “erro trágico” neste texto. Para tanto, primeiro nos debruçaremos sobre a natureza
estética de nosso corpus, em seguida, mapeamos os elementos trágicos estruturais
(peripeteia, anagnorisis, pathos, o nó e o desenlace); por fim, destacamos a hamartia
presente na trama, a partir de seus elementos composicionais (hybris, katharsis, herói
trágico e o coro trágico). Nossa pesquisa é de cunho crítico bibliográfico, e tem como
pressupostos teóricos: Aristóteles (2008), Sandra Luna (2002), Arturo Gouveia (2013;
2021), Alfredo Bosi (2003), Northrop Frye (1957/2014), Massaud Moisés (2007),
Ariano Suassuna (2013), Peter Szondi (2001; 2004) entre outros. O texto rosiano, é
uma prova cabal da presença dos elementos trágicos gregos em narrativas modernas,
e o erro matraguiano tem uma função estrutural similar aos cometidos pelos heróis
clássicos.
Descrição:
SIMÕES, A. M. A hamartia em "A hora e vez de Augusto Matraga". 2021. 35f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2021.