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Entende-se por variação linguística as inúmeras formas de manifestação de uma língua. Assim,
para compreendermos esse fenômeno precisamos nos atentar à heterogeneidade e evolução
linguística, levando em consideração os aspectos sócio-histórico-culturais do sujeito falante. É
importante, ainda, frisar que é muito comum flagrarmos a falta de conhecimento sobre a
variação e mudança da língua e, por consequência, o aumento do preconceito linguístico em
nosso meio social. Desta forma, justificamos a importância de trabalhar com esta temática,
principalmente na perspectiva da Sociolinguística Variacionista, visando o conhecimento a
partir da percepção de língua de sujeitos falantes de diferentes estados. Para refletir sobre a
temática, este trabalho teve como objetivo geral analisar a atitude linguística de cinco falantes
do estado do Rio de Janeiro e cinco do estado da Paraíba em relação à variação linguística e o
preconceito linguístico a partir de um questionário social. A fim de alcançar o objetivo
estipulado, desenvolvemos uma pesquisa de caráter descritivo, de cunho qualitativo Gil (2002).
Dessa forma, o processo consistiu em um levantamento sobre a variação e a percepção
linguística do grupo de informantes de diferentes estados. O aporte teórico se fundamentou em
autores como: Bagno (1999; 2007), Labov (2008), Bortoni (2005), Lucchesi (2015), Antunes
(2009), entre outros, os quais nos trazem profícuos ensinamentos sobre os diversos tipos de
variação, os espaços que elas ocupam no contexto social, fazendo menção à heterogeneidade
presente na língua e a forte influência da cultura na composição do eu social. O estudo também
nos permitiu refletir acerca da riqueza que nossa língua apresenta e da consciência que devemos
ter quando falamos em língua culta ou popular. Essa consciência se relaciona ao conhecimento
sobre a diversidade da língua presente nos discursos das mais diversas esferas da população. É
por isto que se faz importante atentarmos para as nossas atitudes linguísticas acerca de um jeito
certo ou errado de utilizar a língua, tendo em vista a constatação do preconceito linguístico na
sociedade, através da pesquisa, para que assim, compreendamos que não existe uma variante
melhor do que a outra. |
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