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O presente estudo tem como objetivo analisar a condição feminina da personagem Medeia e a racionalização de seus atos transgressores. Tendo em vista que a opinião coletiva irrefletidamente qualifica a personagem como psicótica que por ciúmes do marido matou os próprios filhos, é de extrema importância realizar esta pesquisa que esclarece sua verdadeira condição e suas reais motivações para os crimes. Nesse sentindo, a pesquisa se propôs a examinar primeiramente como era a vida das mulheres na Atenas clássica, inclusive o estatuto inferior das estrangeiras que viviam em território grego, que é o caso de Medeia. O estudo verifica também a finalidade da tragédia grega e as representações femininas; aborda o mito de Medeia, um resumo de sua peça trágica e as rupturas na escrita de Eurípides; e por fim, será feita uma análise da condição social e emocional da protagonista diante dos infortúnios de sua vida, e depois uma análise de suas transgressões e a racionalização desses atos. Tendo como metodologia a pesquisa bibliográfica, na qual a principal fonte se trata da tragédia grega ―Medéia‖ de Eurípides, traduzida por Kury (1991), utilizou-se também pesquisas e obras de diversos autores relacionadas ao tema, como as de Robustelli (2015), Lessa; Nogueira (2018), Rinne (2017), e Vieira (2010). Dessa forma, foi possível concluir que Medeia, inicialmente na peça, foi submetida a diversos infortúnios, sendo posta numa situação social e emocional muito difícil, injusta e desonrosa, diante disso ela decide se vingar de seus inimigos do modo mais fatal, e racionaliza essa prática como extremamente necessária para superar as desventuras e para a recuperação da sua força interior e da sua honra heroica. |
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