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Esta pesquisa analisou a adaptação de contos clássicos para os quadrinhos, na obra Turma da Mônica e Contos da Carochinha, de Maurício de Sousa, publicada em 2019. A obra aborda a arte da contação de histórias, validando e referendando os espaços do conto clássico na contemporaneidade das histórias em quadrinhos. Constituem-se, assim, novos modos de acesso ao imaginário, às novas linguagens e sua semiótica. A arte da retomada das histórias clássicas, sobretudo, dos contos de fadas presentes no imaginário coletivo, tem sido feita com frequência e habilidade pela Literatura Infantil e Juvenil e os Estudos Comparados, mostrando técnicas narrativas de diálogo com a contemporaneidade. Nesse sentido, o texto metalinguístico e metaficcional surge como proposta em um contingente significativo de produções estéticas, tais como: os recontos, as releituras, as adaptações e transcodificações, os intertextos e as representações. Dessa forma, esta pesquisa se justificou no diálogo entre o reconto e a atualidade, pois a retomada do gênero literário para outros meios pode não apenas contribuir na construção de “novos textos”, como também proporcionar novos modos de olhar a produção destinada ao jovem leitor brasileiro. O objetivo geral deste trabalho foi levantar os procedimentos de adaptação das histórias clássicas na obra “Turma da Mônica e Contos da Carochinha”, de Mauricio de Sousa e Paula Furtado. Os objetivos específicos propõem: (1) Caracterizar os tipos de adaptação realizadas nos contos adaptados para a coletânea supracitada: intertextualidade, transcodificação, reescrita ou reconto; (2) explicitar a importância da adaptação para a leitura literária contemporânea. A metodologia partiu da leitura comparativa dos contos, do estudo da imagem e da inter-relação entre o texto clássico e o quadrinho. Aportada nas teorias e conceitos de estudiosos como Aguiar e Martha (2012), Cademartori (2006), Carvalhal (2006), Cunha (2003), Colomer (2012), Coelho (2012), Hutcheon (2011), Zilberman (2014), Vergueiro e Ramos (2019), dentre outros, verificamos que o diálogo entre as narrativas clássicas e os quadrinhos ressignifica a experiência da leitura das histórias que compõem nosso imaginário. |
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