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O presente artigo tem como objetivo principal analisar a condição feminina representada através do conto A Imitação da rosa de Clarice Lispector, o qual foi publicado originalmente na coletânea Laços de família (LISPECTOR, 2009) nos anos 60. O conto, que narra o cotidiano de Laura, uma mulher casada que busca manter incessantemente o equilíbrio do seus dias, nos apresenta o contraponto entre a experiência feminina submissa e anulada frente à existência de Carlota, mulher que é também casada e submissa, mas mantém um comportamento mais altivo e decidido. Para a construção do estudo, buscamos aporte em Gotlib, Bosi, Martins e outros. Sendo assim, constitui-se como uma pesquisa bibliográfica, de análise literária, que se baseia na interpretação qualitativa do texto literário. A pergunta que norteia a pesquisa é: como é representada a mulher brasileira na contística de Clarice Lispector tomando como objeto central o conto “A imitação da rosa”? Diante disso, podemos considerar que Laura é a representação de diversos estereótipos de mulher casada, especialmente pela submissão, silêncio e pela própria anulação do desejo, identidade e também perspectiva de vida. É, portanto, representada vivendo a mesmice do cotidiano, enfrentando o medo de que haja em seu dia reviravoltas ou súbitos retornos ao passado. |
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