Resumo:
Este artigo apresenta um estudo sobre a relação existente entre a oralidade e o preconceito linguístico. A oralidade é vista como sendo uma forma inicial do aluno se comunicar no ambiente escolar, bem como fora dele, que deve ser desenvolvida pelo professor em sala de aula, utilizando metodologias variadas e inovadoras, de cunho atrativo, com intuito de levar o alunado a desenvolver a linguagem oral e a escrita. Por outro lado, o preconceito linguístico diz respeito a uma reação sobre as diferenças linguísticas que existem no mesmo idioma, no caso em Língua Portuguesa. As diferenças presentes no Brasil são regionais, apresentando dialetos, regionalismo, gírias e sotaques, que são adquiridos ao longo dos tempos e se relacionam com aspectos históricos, sociais e culturais de determinados grupos no meio social. A partir desta vertente, pode-se perceber que não existe uma forma certa ou errada do uso da língua, e que o preconceito linguístico gerado a partir de uma ideia de língua correta, tomando por base a gramática normativa, colabora para prática da exclusão social de grupos que apresentam a linguagem oral de forma peculiar. O trabalho tem o objetivo de levantar respostas sobre questionamentos a respeito da oralidade e os preconceitos linguísticos nas escolas mostrando suas consequências para o ensino, principalmente o de língua portuguesa como língua materna, pois se cria concepções erradas de fala e escrita, levando a crer que uma está sobreposta a outra. Por meio da análise de autores renomados na área foi possível observar o impacto que o preconceito linguístico causa no ensino brasileiro. A metodologia, nesse sentido, foi de cunho bibliográfico, em que foi possível refletir sobre o conceito de vários teóricos sobre a oralidade, as variações, a escrita e a educação. Assim, foram estudados alguns documentos importantes como a BNCC (2018) e autores renomados como Vygotsky (1932), Weisz (2002), Bagno (2001), Marcuschi (2010), Bortoni-Ricardo (2008, 2005) e Carvalho e Ferrarezi Jr (2008). Percebeu-se como conclusão que a oralidade é uma habilidade que deve ser desenvolvida nos alunos em diferentes momentos na sala de aula ou em atividades interdisciplinares, e que existem diversas atividades para serem trabalhadas diante da variação linguística de diferentes grupos sociais, para que sejam afastadas as visões distorcidas sobre a língua correta ou errada, evitando assim o preconceito linguístico.
Descrição:
SANTOS, C. R. S. Preconceito linguístico no âmbito escolar: um estudo teórico sobre a oralidade. 2021. 24 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras Português) - Universidade Estadual da Paraíba, Monteiro, 2021. [Artigo]