Recursos pesqueiros: Mariscagem em um estuário tropical

Abstract

Este trabalho foi desenvolvido em duas comunidades de pescadores: Barra de Mamanguape e Tramataia, localizadas no estuário do rio Mamanguape (ERM), litoral norte do estado da Paraíba. A pesquisa tem como objetivo analisar o conhecimento ecológico local, uso, mapeamento dos pontos de pesca e as técnicas de captura de Anomalocardia flexuosa, Crassostrea rizophorae, Pugilina tupiniquim e Mytella guyanensis. Para obtenção das informações foram utilizadas: metodologia qualitativa (entrevistas abertas, estruturadas, aplicação de questionários às marisqueiras (os) e catadores (as) de ostras) e (GNSS – Sistema de Navegação Global por Satélite) para mapear os sítios de pesca. O marisco (A. flexuosa) é encontrado em bancos de areia sendo capturado com auxílio de apetrechos ou são capturados com as mãos, o mesmo ocorre com o gatapú (P. tupiniquim), sendo principalmente capturado manualmente. O mexilhão (M. guyanensis) e a ostra (C. rizophorae) são encontrados no manguezal e no caso do mexilhão são retirados com facas ou facões quando estão aderidos a um tipo de substrato e as ostras por serem encontradas nas raízes do mangue (Rizophora mangle) são também retiradas com esse mesmo tipo de técnica. Quanto ao mapeamento, vinte sítios de pesca de marisco, seis de ostra, três de mexilhão e três pontos de pesca do gatapú foram mapeados, exibindo a importância do estuário onde os dados obtidos poderão ser utilizados na dinâmica pesqueira da região e construção de futuros projetos.