O letramento na escola: uma proposta de sequência didática através do gênero textual/discursivo "notícia" para o 9º ano do ensino fundamental

Abstract

A evolução global contribuiu positivamente para diversidade linguística e cultural de todos nós, o que modificou, também, as escolas – principais agências de letramento e responsáveis por promover os diferentes modos deste. Desse modo, nunca foi tão importante quanto na contemporaneidade mediar práticas de leitura e de escrita em conformidade com as práticas sociais, haja vista que, no espaço escolar, temos a necessidade de evidenciar que o social é indissociável da vida, o que permite aos discentes a compreensão de que lemos e escrevemos no (e sobre) o mundo que habitamos. Assim, considerando essa perspectiva em que o estudante é compreendido como agente social crítico que interpreta o mundo ao seu modo é que buscamos, nesta pesquisa, propor uma sequência didática que vise ressignificar o estudo de leitura e de escrita do gênero textual/discursivo notícia no 9º ano do ensino fundamental. Posto isso, a pesquisa se justifica pelo fato de observarmos que, no ambiente da sala de aula, principalmente nos nonos anos, fase em que os alunos estão numa faixa etária que marca a transição entre a infância e a fase adulta, existe a necessidade de propostas que desenvolvam a criticidade dos alunos. Nesse sentido, adotamos uma pesquisa bibliográfica interpretativa explicativa que buscou interligar o estudo da língua com o mundo social que cada discente habita, utilizando o gênero textual/discursivo notícia como ferramenta para essa interligação. Ademais, nosso estudo foi conduzido pelos pressupostos teóricos postulados por Almeida (2000), Abreu (2012), Antunes (2009, 2014), Bakhtin (2011), Kleiman (1995, 2005, 2007, 2013), Marcuschi (2010), Mendes (2008), Rojo (2009), Schenewly (2004), Soares (2010), entre outros autores que contribuíram significativamente para realização deste trabalho. Para tanto, as constatações da pesquisa nos levam ao entendimento de que é possível desconstruir a redoma que fora idealizada pela escola ao longo dos séculos e que, além de sermos seres biológicos, somos também seres sociais capazes de utilizar a diversidade existente na linguagem para expressar, agir, organizar ideias, diante das situações cotidianas como cidadãos críticos, autônomos e efetivos de sua língua.