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O presente trabalho, a partir de uma base social e psicanalítica, tem com objetivo discutir o mal-estar causado pelas mulheres e a manutenção destas em um lugar de violência. Apesar de existir um debate acerca dessa temática, estatísticas apontam que os casos de violência vêm aumentando no Brasil, sem restrições de idade, credo, etnia, etc. Entretanto, mais do que dados quantitativos, é preciso fazer um retorno à história para conseguir interpretar o hoje. Durante séculos nutriu-se a figura feminina em condições equivalentes à de escrava, numa época em que ser livre significava, basicamente, ser homem. E, apesar de todas as conquistas, sabe-se ainda, que muitas mulheres permanecem passando pela situação de violência. Freud, à luz da Psicanálise, mesmo não falando diretamente da violência doméstica em sua época, nos aponta, em seu construto, caminhos para explicar. Já e sabe que não é possível eliminar a violência, mas se faz necessário pensar em modos que amenizem esses tipos de situação. Assim sendo, aponta-se a biologia como sendo mais além de um destino. A mulher atualiza no homem uma falta; uma incompletude insuportável. O Real da castração. É necessário que haja um trabalho no falocentrismo masculino, nesse sentido, de suportar as próprias limitações. Em suma, a mulher está longe de ser passiva e o sexo frágil. Entretanto, é preciso repensar no gozo e confabular sobre como abrir espaços para falar sobre a falta. Por fim, reconhece-se que este trabalho apresenta limitações, sendo necessárias discussões cada vez mais profundas sobre esse tema que não se esgota. Outrossim, espera-se poder contribuir, através dele, com reflexões acerca das vidas das mulheres.
Palavras-chave: História da mulher. Violência contra mulher. Psicologia. Psicanálise. |
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