Resumo:
A ausência de referências científicas e médicas ocasionaram em uma forte qualificação social do HIV/Aids, cujas especulações geraram o estigma e a discriminação de grupo sociais específicos, potencializando a discriminação. O objetivo deste trabalho foi de apreender as representações sociais de pessoas vivendo com HIV sobre a soropositividade para o HIV e sobre a Aids após o diagnóstico. Para atingir este objetivo, utilizou-se como perspectiva teórico-metodológica, a Teoria das Representações Sociais sob a ótica da Psicologia Social. O lócus de coleta dos dados foi o Serviço de Assistência Especializada (SAE) da cidade de Campina Grande. A amostra contou com 20 participantes. Os dados foram processados e analisados no SPSS Statistics e pelo software gratuito Iramuteq. A epidemia é demarcada pelos fenômenos da pauperização, feminização, heterossexualização, profundas desigualdade social e iniquidade racial, com crescentes infecções na população idosa. O estigma social atribuído aos homossexuais, às profissionais do sexo e a pessoas que usam drogas resultam na representação de que relacionamentos heterossexuais monogâmicos com parceria fixa são invulneráveis ao risco da infecção. As relações afetivas, a religiosidade e as dimensões psicológicas e espirituais são identificadas como estratégias de enfrentamento para superação do diagnóstico, favorecendo melhoria na qualidade de vida.
Descrição:
ALMEIDA, Robert Sérgio. Representações sociais de pessoas vivendo com HIV sobre o HIV/Aids após o diagnóstico. 47f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2020.